ATENÇÃO

Tenho como obrigação dizer que todos os personagens e a maioria dos lugares citados são ficticios e qualquer semelhança com parentes, amigos ou conhecidos vivos ou mortos é mera coincidencia.

Devo avisar também que os textos podem conter descrição de sexo e/ou violência não recomendados para menores de 16 anos.

Você não é obrigado a ler isso!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pesadelo


Tudo começa numa noite, as asas negras de um demônio escurecem ainda mais a noite Nova Yorkina, as luzes se apagam naquele beco e o suplicar da primeira vitima ecoa por aquele subúrbio sombrio.”

?? de ?????? de ????, ?????-?????, Green Valey, Nova York, 10:45 pM.

Noite de quinta-feira, é inverno e um dos mais frios, Reiman observa no alto de um prédio de 5 andares que fica na frente do beco. Ele observa calmamente a movimentação de policiais, jornalistas e curiosos, até seu celular tocar.

- Pronto!
- Reiman! Sou eu, Jhon! Onde você está?
- Bom dia Jhon! Como vai? Bom..., estou sobre um prédio observando uma multidão ao redor de um corpo.
- Hum... Então já começou?
- Não sei ao certo, mas tudo indica que sim!
- O que quer que eu faça?
- Por enquanto nada, se realmente nessa morte tem algum vampiro ou demônio envolvido, mais coisas acontecerão!
- Então vamos ficar parados, esperando acontecer.
- Eu vou, você tentará impedir.
- Eu? Eu sou um simples humano, você que é o sobre-humano aqui, o único que consegue matar facilmente essas criaturas é você!
- Mas eu não disse que você iria matar!
- Então o que devo fazer?
- Preste bem atenção!
- Hum?
- Os vampiros costumam se reunir na rua 18 em Gates!
- Sim, sim, já sei, naquela famosa boate!
- Isso mesmo! Quero que você passe um tempo lá essa noite, observe tudo, se ver algum suspeito o siga, entendido?
- Sim senhor!
- Nos falamos mais tarde, tenho que tratar outros assuntos agora. Fui!

Reiman observa pela ultima vez a cena do crime e da um salto para o prédio ao lado, e em seguida outro e outro, e assim ele vai até um bairro um pouco distante.

?? de ?????? de ????, ?????-?????, Monlelly, Nova York, 11:15 PM

Reiman chega ao destino, um prédio velho de 3 andares em um bairro esquecido pelo resto da cidade, ninguém mais morava ali, a sacada estava caindo aos pedaços, não haviam mais janelas e nem portas, a entrada era tampada por uma tábua que como todo o prédio estava pinchado. No interior do prédio não havia luz, como era de se esperar, alguns moradores de rua costumavam dormir por ali junto com ratos e baratas. Reiman sobe até o 3° andar e entra num dos cômodos, de frente para janela olhando para a sombria rua, ele parece esperar por alguém.

- A muito tempo espero por esse encontro! Uma voz rouca e fraca ecoa pelo cômodo.

Com um sorriso Reiman responde.

- Por incrível que pareça eu também esperava ansioso! Reiman se vira para trás.

Um homem branco vestindo roupas escuras coladas ao corpo, com cabelos tão negros quanto aquela noite, não dava pra ver seus olhos, pois sua face estava levemente encurvada para baixo e seus cabelos tampavam boa parte do rosto e dos olhos.

- Sr. Valcrist, ou melhor, Lord Valcrist, como conseguiu sair daquele castelo.
- Digamos que algo sobrenatural me tirou de lá!
- Não vou insistir, pois sei que não dirá nada!
- Ainda bem!
- Somos amigos a séculos, apesar de não estarmos mais do mesmo lado, não seria legal te receber a pancadas depois de 300 anos, não sei o que está acontecendo, mas sei que de alguma forma você está envolvido.
- Não sei do que está falando! Valcrist diz em tom irônico.
- Hum... Sei!! Vou descobrir o que está pra acontecer, ou o que já está acontecendo, sei que chegarei ao seu nome.

Valcrist não se intimida, ainda com a cabeça abaixada ele franzi a testa, ele dá um sarcástico sorriso e finalmente levanta a cabeça, seus olhos eram pratas como a lua cheia e seu rosto pálido, sem vida, ele respira fundo e diz.

- Estou aqui somente de passagem, vim fazer uma visitinha a você, mas já estou de saída!
- Alguma coisa me diz que está mentindo!

Outro sorriso sarcástico.

- Sabe quem está a caminho de Nova York?
- Não! Quem?
- Gabriel, o anjo maldito!
- Mas como? Ele morreu a 300 anos atrás durante a inquisição.
- Você acha que o criador iria deixar seu melhor combatente morto? É claro que não! Ele está vindo pra acabar com todos nós. Acho que dessa vez não iremos escapar.
- Dessa vez estou do lado dele, acho que a caçada é muito além de vampiros, bruxas e lobisomens como foi a 3 séculos.
- Talvez você esteja certo! Mas não acredito nessa profecia! Lúcifer não tem nenhum filho e se tivesse não estaria aqui em Nova York.
- Então foi ele?
- Ele o que??
- Foi ele quem te tirou de lá?
- Eu fugi...
- NÃO VENHA COM ESSA, SE TIVESSE FUGIDO JÁ ESTARIA MORTO!! Sua voz ecoa por todo prédio dando um grande eco.
- É difícil enganar você né?
- Como pôde se vender assim, ele vai destruir o mundo, você sabe mais do que eu dos planos dele.
- É lógico que sei, por isso aceitei.
- BURRO!
- Ok! Acho que nossa conversa acaba aqui certo? Nos vemos depois!

Valcrist vira as costas e vai em direção ao corredor...

- Não terei piedade de você, esquecerei de nossa amizade...
- Antiga amizade!

...E some na escuridão!

“maldito já devia esperar por isso, algo muito terrível está para acontecer”

Reiman volta a olhar para a janela, e em poucos segundos seu celular toca.

- Oi!
- Reiman! Se tudo for verdade, acho que estamos perto de uma segunda inquisição! Mas pode esperar algo muito mais violento!
- Hum...! Foi mais rápido do que pensei!!
- Do que está falando?
- Nada, nada. Continue!
- Segundo alguns vampiros, eles viram a lua ser tampada por uma asa negra, uma voz sussurrava em seus ouvidos, que o fim de todo o mundo está próximo. Lembra disso?
- Sim claro! Como iria me esquecer! Valcrist está vivo e na cidade!
- Aquele desgraçado!! Co.. Como. Como ele conseguiu??
- Parece que lúcifer lhe deu uma ajudinha.
- Merda, agora sim estamos fudidos!!
- Gabriel também está para chegar!
- O anjo maldito?? Ele não estava morto??
- Sim, parece que o criador, lhe deu mais uma missão, antes de se eternizar!
- Isso está ficando cada vez mais confuso, agora vou desligar, ainda há algumas coisas pra fazer.
- Certo, até mais!
- Até!

Reiman desliga o celular, e ainda fica olhando por alguns segundos para o celular, até que a luz dele se apaga e ele o guarda. Se virando em direção da porta, um forte vento entra no prédio, ele olha assustado para a janela na suas costas, uma figura estranha está agachada no prédio em frente.

- Desgraçado, maldito Valcrist, adora fazer essas ceninhas.

Reiman ouve um sussurro em uma língua estranha, como se estivesse alguém do seu lado mas ele sabe que não há ninguém, pois isso já aconteceu antes.

“Droga, isso está ficando cada vez mais perigoso, tenho que buscar o Jhon, antes que aconteça algo a ele.”

E a voz sussurra de novo, mas dessa vez em inlgês.

“Seu amigo morrerá essa noite e você também.”

Naquele segundo após o sussurro, uma mão segura Reiman pelo pescoço e sem esforço nenhum enfia uma espada em suas costas.
Reiman cai de costas no chão agonizando, olhando para cima mesmo com as vistas embaçadas, ele vê que a pessoa estava com uma capa que por causa da escuridão não dava para ver seu rosto e nem o resto de seu corpo...

Reiman apaga....
...e acorda de um pesadelo, com seu telefone residencial tocando.

- Diego Pereira Esperidião